quinta-feira, 12 de abril de 2012

A Ilha e o circo.

















Quando tive a ideia de ter um blog que falasse do ateliê, não era apenas o ateliê, mas a cidade que o acolhe.

Era mostrar São Lourenço pelos meus olhos, mostrar porque me encanto todas as manhãs, porque voltei depois de 10 anos pelo mundo, porque ainda não quero sair.

Tudo muito pessoal.

É como dizer "eu sou assim, e gosto disso por isso".

Além de ser minha origem, canceriana que sou, minha cidade natal.


Da minha janela escuto o barulho, um evento que acontece no espaço municipal da cidade, para este e outros fins, chamado Ilha Antonio Dutra.

Se um dia foi uma ilha, hoje não é mais.

Área de vazante do rio.

Reserva natural.

Fica ao lado de casa.

Sorte e azar. Nos dias tranquilos que são quase todos, vou até lá correr, e é de uma calma ímpar.

Nos domingos sedia a feira livre, onde os produtores rurais da região vendem seus produtos.

Nos dias de festa, não durmo.

Todas as vezes que vou ao centro da cidade, a pé que é como eu gosto, a ilha é meu atalho.

Dia desses encontrei um circo no meu caminho quase diário.

Eu que já sou de natureza lúdica me senti em algum portal do tempo.

Havia neblina.

Lindas cores.

sábado, 7 de abril de 2012

Da minha janela vê-se o trem.










Trem das águas agora é o nome dele.

Aposentado do trabalho árduo, diário, agora não leva mais despedidas, apenas as alegrias de um dia de passeio.

De São Lourenço a Soledade de Minas.

10 km de trilho que margeam o Rio Verde.

Parte da bela e conservada estação de trem.

Passeio que é uma viagem, viagem no tempo.

Ainda longe o escuto.

Da minha janelo o vejo.

Hora distante, em um minuto já perto, quase que invade.

Se estico um pouco mais as mãos, posso toca-lo.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Na década de 20 quando ela nasceu...

A história que se conta é que meu bisavô Ramon a construiu para que as crianças da fazenda tivessem um abrigo para a chuva e contra o frio (dizem que era mais frio naquele tempo, frio e úmido), enquanto esperavam o trem que as levariam para a escola, o "Trem dos Estudantes".








De abrigo, os dois pequenos comodos chegaram a virar quarto. Quando a fazenda virou o primeiro hotel fazenda do país, até a família era obrigada a ceder seus aposentos devido a demanda de hóspedes que procuravam tratamento de aguás medicinais. Já era década de 40, imagino eu.







No final da década de 40 foi construída a casa que viria ser a morada da vida inteira dos meus avós. A grande e avarandada casa nasceu rente a pequena parada. Com o tempo alguns comodos foram construídos utilizando os fundos da parada mas sem alterar a arquitetura original.




O projeto: Ao ter a ideia da construção de uma parada de trem, meu bisavô Ramon, pediu a empresa ferroviária que lhe enviasse uma planta para que o projeto mantivesse o estilo arquitetonico utilizado pela empresa naquela época. E assim foi. Ulizaram os próprios trilhos do trem como caibros para o telhado.




















sábado, 24 de março de 2012

Sobre a pequena cidade primeira parte: segundo a wikipédia, pequena por que?



"São Lourenço é um município do estado brasileiro de Minas Gerais. Faz parte do famoso "Circuito das Águas" de Minas. Sua população estimada em 2009 é de 42.688 habitantes. Tem uma área territorial de 57 km², sendo um dos menores municípios brasileiros e assim praticamente não tem zona rural."



Resumindo, acaba logo ali naquela curva.






Era uma vez...







Nesta pequena estação de trem, moças prendadas tecem, costuram e bordam como no tempo de suas avós.










Nascem flores, pássaros, ovelhas...nasce o lúdico.










Passa o trem no ateliê que mais parece um sonho.










E as moças com mãos de fadas aguardam sua visita.